terça-feira, 21 de abril de 2015

Projeto GameDev: Não é fácil estudar games - Investimento, Tempo, Dedicação e Distrações


Quando se é pequeno é comum achar que criar um jogo dever ser super divertido, afinal jogos são divertidos, mas não é bem assim.
Quando resolvi começar a estudar Game Design eu também pensava dessa maneira, com o tempo fui aprendendo que há muito trabalho por trás de um jogo, várias profissões são empregadas para criar um game: Designer, Modelador, Level Design, Animador, Desenhista, Programador, Administrador, Marketing, entre diversas outras.


Estou fazendo um curso profissionalizante de Design Gráfico e Games, ainda estou no inicio da minha jornada, pretendo cursar pelo menos um tecnólogo em Jogos Digitais no inicio do próximo ano e venho para dar algumas dicas pra quem, como eu, deseja aprender como criar um jogo e trabalhar com suas idéias.









Investimento:

É comum encontrarmos na internet relatos de GameDevs que criaram seus jogos com pouco ou nenhum investimento. Normalmente esses relatos são sobre pessoas que já tinham um conhecimento prévio das ferramentas que utilizaria, ou até mesmo já utilizava os programas de criação no seu dia-a-dia. No fim das contas, houve um investimento, esse desenvolvedor teve que investir em cursos (seja em ciências da computação, web design ou um curso voltado a games), maquinário e ferramentas de desenvolvimento.
Vamos primeiro falar sobre os cursos e os conhecimentos que são necessários para criar um jogo.
Existem diversos cursos que podem ser utilizados na criação de um jogo eletrônico, por exemplo, se deseja ser um programador poderá cursar ciências da computação, caso deseje fazer a dublagem em um game deverá cursar artes cênicas, caso queira fazer as artes do jogo o indicado é um curso de design gráfico e ilustração digital. Agora, se você pretende se tornar um Game Designer ou trabalhar em uma equipe com amigos, na qual talvez exerça mais de um papel, o mais recomendado é um curso voltado a games.
Exitem diversas escolas e centros  educacionais com cursos profissionalizantes voltados a Desing digital e games, esses são cursos modulares que tem a proposta de ensinar ao aluno a utilizar diversas ferramentas de criação, editores de imagem, editores de vídeo, programas de modelagem em 3D e motores gráficos. Esses cursos costumam custar mensalmente de R$ 180,00 a R$ 300,00 e duram em média 3 anos, são cursos mais indicados para quem tem a partir de 15 anos , para quem não está acostumado com as ferramentas de criação ou para quem não pode investir muito tempo ou dinheiro nos estudos, pois além de serem os cursos mais baratos, normalmente são ministrados uma vez por semana, sendo assim flexível a agenda de quem trabalha ou estuda.
Caso você já tenha passado do ensino médio, deseja um curso de nível superior, existem diversos tecnólogos em Jogos Digitais reconhecidos pelo MEC e que possibilitam uma pós graduação na área, os tecnólogos custam entre R$ 450,00 e R$ 1.200,00 e duram entre 2 e 3 anos, o bom desses cursos é que é possível utilizar os benefícios do governo como ProUni ou FIES para facilitar o acesso a educação.
Há também o curso de Bacharelado em Design de Games, graduação de nível superior ainda pouco disponível no Brasil, tem seus 4 anos de curso focados no desenvolvimento e mercado de jogos, em questão de conhecimentos é o melhor e também o mais caro, custa a partir de R$ 1.800,00, o lado positivo é que também é possível recorrer aos benefícios do governo e algumas faculdades disponibilizam bolsas integrais aos seus melhores colocados no vestibular.
Então você se pergunta "Camargo, eu não tenho como investir tudo isso, tem como aprender sozinho?" e a resposta é: Sim, tem como. Com o crescimento do mercado Indie Games, muitos sites disponibilizam informações e minicursos sobre o desenvolvimento de jogos. Também é possível adquirir livros sobre GameDev, por serem livros didáticos eles custam entre R$ 30,00 e R$ 200,00 uma ótima opção a quem prefere ser autodidata.

Uma dica: cursar não somente algo voltado a jogos, mas também uma segunda língua, afinal muitas empresas estão sediadas no exterior, distribuem jogos por todo o mundo e mesmo empresas no Brasil costumam contratar tradutores para adaptar o jogo a nossa língua e deixá-lo localizado.

Entremos agora no assunto maquinário e programas.
Para criar um jogo, seja para PC, mobile ou console, é necessário um bom computador e programas para desenvolvimento, quando digo bom computador não me refiro ao top de linha, mas a um que pelo menos suporte os programas de desenvolvimento, que pesam bastante e exigem muita performance do maquinário.
É recomendado pelo menos um computador com 8GB de RAM, uma boa placa de vídeo e um processador Intel I3 ou similar, no minimo são gastos R$ 2.000,00 nesse maquinário.
Quanto aos programas de desenvolvimento, é possível obter as versões para estudantes da Adobe e AutoDesk com prazo de 3 anos, são programas como Photoshop, Illustrator, After Effects, Maya e 3D Max, que são uteis para a criação de personagens, logos, cenários, animações, menus e demais conteúdos do jogo, após pegar prática e decidir realmente seguir nessa área, recomendo que compre o pacote completo. Sobre o Motor Gráfico, atualmente é o programa mais fácil de ser adquirido, por exemplo, o Unity 3D tem sua versão gratuita, muito utilizada por desenvolvedores Indies, e também dispõe de expansões e versão paga para quem desejar; a UDK por sua vez resolveu disponibilizar a Unreal 4 gratuitamente, porém se seu jogo arrecadar mais de US$ 3.000,00 ela irá cobrar Royalts, nada mais justo e não é nenhuma porcentagem absurda, cerca de 4%.

Uma dica: Se deseja explorar bem ilustração digital, é necessário adquirir uma tablet (mesa digitalizadora) existem diversos modelos no mercado com preços a partir de R$ 200,00. 

Tempo:

Certo, então já conseguiu uma boa máquina e decidiu como irá aprender a criar jogos e isso já será o suficiente... errado!!!
É necessário separar um tempo para por em prática tudo que foi aprendido, treinar e se aperfeiçoar.
Se você é sustentado pelos pais, que podem te oferecer o investimento necessário para  seu aprendizado, parabéns, é só separar algumas horas e praticar.
Agora, se você assim como muitos brasileiros precisa trabalhar para pagar seus cursos e insumos, seja bem-vindo ao mundo dos esforçados, pois trabalhando e estudando, temos menos tempo para nós mesmos, sendo assim se torna complicado separar um tempo para treinar.
É necessário se esforçar, abrir janelas em sua rotina para desenhar, aprender a programar ou treinar aquela ferramenta nova que aprendeu. Na maioria das vezes, deve estar cansado do trabalho, querendo descanso e não pensando em mais trabalho, eu sei, mas é esse esforço extra que irá melhorar seus resultados e te tornar melhor para criar um jogo cada vez mais competitivo e desejado. para isso entramos nosso próximo assunto.

Dedicação e Distrações

Vou te contar uma coisa, a sua visão de mundo muda quando se começa a estudar jogos.
Após ler o último assunto você deve ter pensado "Então eu devo parar de sair com meus amigos, ver filmes e séries, ler, namorar para me concentrar em meus estudos"... Errado de novo.
Se dedicar demais pode gerar uma cobrança pessoal e uma carga de stress desnecessários e que podem até mesmo atrapalhar seu desenvolvimento. Você deve continuar se divertindo, só deve tomar cuidado com as distrações. Tente ver suas atividades de uma forma diferente:

- Ao ler um livro ou ver um filme é possível absorver muito conteúdo útil, informações relevantes, além de relaxar.
- Ao jogar algum game, tente pensar como ele foi feito, analise-o e poderá aprender muito além de passar o tempo.
- Ao sair com seus amigos, observe o ambiente, as paisagens, se questione "como posso fazer a rua desse bar em perspectiva?" ou " como poderia modelar a casa do meu amigo?"
- Observe como seus amigos, familiares e até os animais se movimentam, como agem e como isso poderia ser feito em um jogo.
- Pegue um tempo para escrever ou desenhar, exercite sua criatividade.

Você deve treinar o que aprendeu, mas não deve deixar de fazer o que gosta, ao contrário, deve usar isso para aprender mais e poder usar seu aprendizado em seus projetos.



Espero que esse texto tenha sido útil a você, essa é a visão sincera de alguém que está estudando e espera logo entrar nesse mercado, fascinante e cada vez mais competitivo

Até mais



terça-feira, 31 de março de 2015

Contos: Mestre dos Jogos - Criando um Avatar

A visão ainda estava turva devido ao baque, as vozes dos funcionários com medo apenas o confundiam mais. Erick buscou forças para levantar, assim que ficou se pé sentiu outro baque, que o grudou novamente na parede, dessa vez o mantendo em pé.
 - Não vai fazer nada? Não quer reagir?  - Disse o garoto de olhos violeta, ainda com a caneta em riste.
 - Do que você está falando?
 - Não se faça de bobo, Saque sua caneta! - O outro rapaz começou a ficar irritado.
 - Caneta? - Só agora ele se lembrou do que aconteceu no Sábado - Eu tenho uma, mas o que isso tem a ver? O que você está fazendo?
O rapaz baixou a mão que estava com a caneta e colocou a outra em seu rosto, olhou para Erick e perguntou:
 - Não sabe o porque de eu estar aqui?
Erick apenas balançou a cabeça em negativa
 - Você não leu o Tutorial quando encontrou a caneta?
Novamente uma negativa com a cabeça, Erick sentia tanta dor na sua cabeça que estava evitando falar, ficar negando com a cabeça parecia apenas deixa-lo mais tonto.
 - Aff, odeio Noob. Poderia ter quebrado uma das regras se algo acontecesse com você sem um avatar.
Ele levantou a mão novamente e apontou a caneta para Erick, sua ponta violeta começou a brilhar novamente e Erick começou a sentir suas dores pararem, estava bem melhor agora.
 - Você tem meia hora para ler o tutorial e criar um avatar. Por Deus, eu poderia ter te matado... Volto quando o tempo estipulado acabar.
Erick virou-se em direção a sua baia e quando olhou novamente para o garoto, ele havia sumido.
Todos os funcionários estavam assustados, começou um burburinho e quando Erick percebeu, todos estavam olhando para ele. Tentou ignora-los e abaixou para pegar a carta e a caneta em sua mochila, deixou a mochila embaixo da mesa e olhou para sua chefe:
  - Vou ver isso lá fora, não sei o que é isso, mas pode ser perigoso se aquele cara voltar aqui.
Sua chefe nada disse, apenas concordou com sua cabeça. Na realidade Erick nem se importou se ela tinha algo a dizer ou não, simplesmente pegou seus itens e saiu, acenou para seu irmão e desceu as escadas, rumo a entrada da empresa.
Sentado a frente da empresa, Erick lia com cuidado sua carta tutorial e quase não acreditava no que lia:

 " Se você está lendo essa carta, é um dos sete escolhidos para ser o Game Master
Você e outras seis pessoas foram escolhidos pela suas habilidades em jogar ou criar games.
Cada um dos escolhidos ganha uma caneta GM, um acessório que permite alterar a realidade de acordo com o desejo e imaginação de seu possuidor. Para utilizar sua caneta não é necessário saber programação ou  desenhar e modelar, apenas aponte sua caneta e imagine o que você quer, forma, utilidade, habilidade, não imagine apenas, acredite que isso é real, quando seu desejo for tão forte quanto sua imaginação, a ponta da caneta irá brilhar e tornar seu pensamento real"

Muito fácil, pensou Erick, fácil até demais.

" Apenas um dos escolhidos poderá se tornar o Game Master, para isso é necessário que encontre outro escolhido e absorva a energia da caneta dele.
  1 - A forma de como encontrar ou absorver a energia da caneta de outro escolhido fica a critério e imaginação do escolhido.
 2 - Caso os escolhidos optem por batalhar, certifique-se que ambos escolheram seus AVATARES para garantir sua proteção.
 3 - Ferir ou prejudicar alguém que não foi escolhido causa eliminação automática e a energia de sua caneta será distribuída por todos.
4 - Absorver a energia de um escolhido sem AVATAR causa eliminação automática, não é permitido jogo injusto.
5 - Após a energia da caneta ser sugada, a caneta perde seus poderes e seu usuário está fora da competição."

- As regras parecem simples, proteja-se, não machuque inocentes, não jogue sujo e aparentemente não sou obrigado a lutar para vencer... mas são meio vagas, não explicam muito sobre a disputa.

" O escolhido que obter a energia de todas as canetas se tornará o Game Master, ganhando assim o poder de alterar a realidade, e tornar seus sonhos reais.
 Para garantir sua segurança, crie um Avatar, caso haja uma batalha ou alguma coisa na competição que possa mata-lo, quem morrerá será seu avatar, você permanecerá vivo, mas será eliminado.
Para criar um Avatar, levante sua caneta, pense em um visual e um nome, diga o nome em voz alta e irá encorporar esse Avatar."

Erick se lembrou do visual do garoto, um sport social todo preto, simples porém chique e imponente.
Pensou em vestir algo no estilo de um filme que gostava sobre realidade virtual, roupas pretas, um sobretudo e óculos escuros. E quanto ao nome? Ele queria algo que lembrasse seu elemento favorito, o ar, e se lembrou de uma história grega.
Ergueu sua caneta ao ar e disse:
 - Icarus !!!

Quando se viu, estava vestido com sobretudo e roupas pretas, a ponta de sua caneta brilhava e ele sentiu uma aura de cor verde emanar dela.

 - Icarus, belo nome. - Disse o garoto de olhos violetas - Eu sou Ametista, e agora podemos ver quem será o Game Master.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Contos: Mestre dos Jogos - Prólogo

Erick abriu os olhos, estava atrasado para o curso como sempre, por mais que colocasse vários alarmes em seu celular, sempre voltava a dormir. Ele levantou assutado, trocou de roupa com pressa e mal pode tomar café. Seus pais iniciaram um sermão sobre seu atraso, que teve que esperar, o garoto colocou os materiais do curso em sua mochila e saiu de casa.
 Apesar de não praticar exercícios, ele consegue andar rápido o suficiente para chegar a tempo em seu curso de Game Design, ele sempre quis fazer esse curso, apesar de ter se formado em Administração um ano antes, estava na média de idade de sua turma.
O professor entrou na sala, seria mais uma aula de aplicação de luz e sombra em um cenário com até dois pontos de fuga, eles estavam na quarta aula sobre esse assunto e ainda não tinham terminado, muitos alunos estavam quase finalizando suas artes, sempre que Erick olhava para o lado se sentia um pouco desanimado, alguns alunos que eram mais novos que ele ou que entraram depois no curso apresentavam desenhos muito bons, o garoto a sua esquerda mal havia entrado no curso e estava fazendo uma das opções mais difíceis de perspectiva que estavam a escolha, outro a sua frente entrou no curso sem saber desenhar um olho, e agora fazia perfeitos efeitos de sombra em um prédio. Erick sabia que eles não tinham dons extraordinários, como seu professor dizia "a pratica leva a perfeição", coisa que o incomodava muito, ele nunca teve um talento grande para nada, seja em artes, musica, esportes, em nada, mas desenhava razoavelmente bem quando mais novo, e tinha muita criatividade, mas tudo mudou quando entrou na faculdade e começou a trabalhar, Erick pensou que tudo ia mudar quando se formasse e iniciasse o curso dos seus sonhos, mas o trabalho ainda lhe toma tempo e energia, e por isso ele não consegue treinar tanto seu desenho ou os trabalhos do curso, mal consegue tempo para jogar ou ler e estimular sua imaginação. Apesar das diferenças, seu trabalho era regular, havia escolhido um cenário simples, isso não exigiria muito esforço, mas ainda assim a sensação de poderia ser melhor vivia em sua mente.
Enfim sua aula acabou, Erick voltaria para casa, já estava programando seu fim de semana, no sábado assistir a dois ou três animes, ler um ou dois mangás e tentar jogar um pouco de RPG ou algum jogo de Ação, no domingo passaria sem fazer nada a maior parte do tempo, tentando descansar, talvez ler ou ver um filme, domingos não eram muito animados, ele chamava de dia da preguiça, por mais que você possa usar o domingo para fazer algo útil, ficar deitado é sempre a melhor opção. Ele estava caminhando de volta a sua casa, estava a três quarteirões de seu destino, quando sente algo cair em sua cabeça, lhe atingiu como uma pontada, algo havia caído do céu.
Ele olha pra baixo e vê uma caneta, como a que ele usava em sua mesa digitalizadora, desses modelos que não precisam de pilha, o que mais chamou a atenção do jovem estudante é que a ponta daquela caneta era verde, e não preta como era de costume, verde era sua cor favorita. Erick resolveu pegar a caneta e ao se levantar vê um pedaço de papel caindo, em movimentos para a esquerda e direita como uma pluma, era uma carta, com um sela de cera verde, no mesmo tom da caneta. O garoto olhou para os lados e viu que não havia ninguém na rua, olhou para cima, o céu estava limpo, quase sem nuvens, resolveu guardar o papel e a caneta em sua mochila, iria ler a carta em sua casa, quando estivesse sozinho.
Finalmente chegou em casa, estava cansado, sua mãe o chama:

- Erick, os meninos passaram por aqui, disseram que iam ver um jogo de basquete e se você quisesse poderia passar lá.

Ele deixou a mochila no sofá, soltou um suspiro:

-Não sei por que ainda perguntam, eles sabem que não gosto de basquete e esportes em geral, só vou pra poder ver eles, mas é um porre. Hoje vou ficar em casa.

- Você quem sabe meu filho, o almoço logo estará pronto, está com fome?

- Um pouco.

Erick gostava muito de seus amigos, amava-os muito mesmo, mas com o tempo percebeu que seus interesses não eram mais os mesmos, estavam cada vez mais distantes por mais que se vissem, ele se perguntava se os amigos teriam mudado, ou se ele havia mudado com o tempo, seja qual for a resposta, muitas vezes se sentia estranho junto a eles. O melhor seria ficar junto a seus mangás e podcasts, seus livros, jogos e animes, tudo que poderia fazer ele sair daquela realidade estranha, nem que só por um fim de semana... e assim foi o sábado e o domingo, em casa, revesando entre o notebook e seus mangás.

Segunda-feira, novamente Erick acorda atrasado, seu irmão mais velho já foi para a empresa, eles trabalham na parte administrativa da mesma empresa. Erick trocou de roupa, colocou sua camisa de uniforme e foi se olhar no espelho, para quem trabalha na parte administrativa ele tinha um visual exótico, um garoto de 22 anos, pouco mais de 1,80m e cabelos castanhos escuro, usava óculos por causa de seu leve estrabismo e alguns problemas de visão, até ai tudo bem, nada demais, se não fossem dois brincos na orelha esquerda, um na direita, um transversal na parte de cima da orelha direita e um piercing abaixo do lábio, essa era a parte visível, fora mais dois piercings e três tatuagens nunca retocadas que a camisa escondia.
Mais uma vez ele chega atrasado no seu emprego, aguarda o dia em que irá tomar uma advertência pelos seus atrasos, mas ele não se importava muito, pensava como era possível, aquilo que ele mesmo dizia que sugava sua alma, ser o que sustentava seus cursos e manias, apesar de estar cansado de sua rotina de cobranças e planilhas, era isso que lhe sustentava.
Já se passaram três horas desde que chegou na empresa, estava como sempre de fone de ouvido, os fones da empresa serviam para atender ao telefone, mas Erick usava para ouvir podcasts, ele adorava e era o que o animava durante sua jornada, apesar de tirar sua atenção e muitas vezes ele não ouvir ser chamado pela sua chefe.
Repentinamente era como se o tempo tivesse parado, ao olhar pra sua mesa, ele viu os papéis subirem, flutuarem no ar, quando prestou mais atenção, percebeu que ele mesmo estava flutuando, tudo estava de cabeça pra baixo até que sentiu um baque. O material de escritório de todas as baias foram jogadas para os lados, uma dor lhe percorreu a espinha, ele estava grudado na parede da sala do gerente, de alguma forma foi jogado ali e assim permaneceu. Abriu os olhos com um pouco de dor e olhou em direção a sua baia... nada além de pessoas em pânico. Olhou para a escada e viu um rapaz de preto, aparentemente da mesma idade que ele, cabelos castanho claro e olhos violeta, o garoto apontava uma caneta em sua direção, a ponta da caneta também era violeta e estava brilhando.

- Hey, você é o designer que eu devo enfrentar? Fique avisado que você vai perder esse jogo. Eu serei o Game Master!   

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Livros: Spohrverso, Anjos e Eu sendo tiete

Castas Angelicais: Querubim, Serafin, Elohin, Ophanin, Hashimalin, Ishin e Malakin

Como disse, vou começar a postar sobre coisas que me inspiram e não há forma melhor de começar do que falando sobre um universo literário criado por um escritor brasileiro que aborda meus temas favoritos: Anjos, Demônios, Mitologia, Folclore e o Fim do Mundo. O Spohrverso, como sugere o nome, está presente nos livros escritos por Eduardo Spohr, esse universo utiliza do nosso mundo, fatos históricos, lendas e mitologias de uma forma fantástica para compor os locais e seres presentes em seus livros que tem como tema principal os anjos, vistos sob uma nova ótica, em suas missões e conflitos pela terra. Até o momento existem 3 livros e um conto no Spohrverso, e previstos para lançamento a partir de 2015 mais um livro e um guia ilustrado.
Os livros que te apresentam a essa visão mítica do nosso mundo são:


Capa do Livro A Batalha do Apocalipse

Há muitos e muitos anos, o paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, erguendo armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.
Mais eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na Batalha do Armagedon, o embate final entre o céu e o inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.
Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano, das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra Medieval, A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana: é também uma jornada de conhecimento, épico empolgante, repleto de lutas heróicas, magia, romance e suspense.


Torre das Almas (conto)

Capa do E-book A Torre das Almas
Conto também disponível no Livro Imaginarium vol 3

Neste conto que é o primeiro spin-off oficial do best-seller A Batalha do Apocalipse, um grupo de anjos de Gabriel é enviado à Terra para averiguar o que parece ser um simples caso de espírito aprisionado. No curso da missão, os celestiais descobrem pistas de uma possível conspiração que, se confirmada, pode ameaçar os exércitos rebeldes e reverter a balança das forças do céu.



Capa do Livro Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida

Há uma guerra no céu. O confronto civil entre o arcanjo Miguel e as tropas revolucionárias de seu irmão, Gabriel, devasta as sete camadas do paraíso. Com as legiões divididas, as fortalezas sitiadas, os generais estabeleceram um armistício na terra, uma trégua frágil e delicada, que pode desmoronar a qualquer instante.
Enquanto os querubins se enfrentam num embate de sangue e espadas, dois anjos são enviados ao mundo físico com a tarefa de resgatar Kaira, uma capitã dos exércitos rebeldes, desaparecida enquanto investigava uma suposta violação do tratado. A missão revelará as tramas de uma conspiração milenar, um plano que, se concluído, reverterá o equilíbrio de forças no céu e ameaçará toda a vida humana na terra.
Juntamente com Denyel, um ex-espião em busca de anistia, os celestiais partirão em uma jornada através de cidades, selvas e mares, enfrentarão demônios e deuses, numa trilha que os levará às ruínas da maior nação terrena anterior ao dilúvio – o reino perdido de Atlântida.



Capa do Livro Filhos do Éden: Anjos da Morte

Desde eras longínquas, os malakins, anjos estudiosos e sábios, observam em silêncio o progresso do homem. Mas eis que chega o século XX, e com ele as armas modernas, a poluição das indústrias, afastando os mortais da natureza divina, alargando as fronteiras entre o nosso mundo e as sete camadas do céu.
Isolados no paraíso, incapazes agora de enxergar o planeta, esses anjos solicitaram a ajuda dos “exilados”, celestiais pacíficos, que havia anos atuavam na terra. Sua tarefa, a partir de então, seria participar das guerras humanas, de todas as guerras, para anotar as façanhas militares, os movimentos de tropas, e depois relatá-los a seus superiores alados.
Sob o disfarce de soldados comuns, esse grupo esteve presente desde as praias da Normandia aos campos de extermínio nazistas, das selvas da Indochina ao declínio da União Soviética. Embora muitos não desejassem matar, foi isso o que lhes foi ordenado, e o que infelizmente acabaram fazendo.
Repleto de batalhas épicas, magia negra e personagens fantásticos, Filhos do Éden: Anjos da Morte é também um inquietante relato sobre o nosso tempo, uma crítica à corrupção dos governos, aos massacres e extremismos, um alerta para o que nos tornamos e para o que ainda podemos nos tornar.

Filhos do Éden: Paraiso Perdido

Previsto para ser lançado em 2015, esse promete ser o mais épico entre os livros da trilogia, finalizando a história e todas as suas amarras, até o momento poucas informações foram divulgadas, mas o autor já falou, para a alegria dos fãs, que poderemos ver uma pequena participação de Ablon nas Guerras Etéreas.

Sobre o Autor

Eduardo Spohr, Jornalista, Escritor, Podcaster e Nerd


Eduardo Spohr (Rio de Janeiro, junho de 1976 ) é um jornalistaescritorprofessorblogueiro e podcaster brasileiro. É o autor de A Batalha do Apocalipse, livro entre os mais vendidos no segundo semestre de 2010 no Brasil , da trilogia Filhos do Éden, e participante do podcast Nerdcast, do blog Jovem Nerd .
Spohr é filho de um piloto de aviões e de uma comissária de bordo, tendo, por conta disso, a chance de viajar para vários países ainda na infância , quando já produzia escritos literários . Embora não tenha religião, seu contato com diversas culturas e a iminência de conflitos na Guerra Fria, durante sua juventude, o motivaram a escrever sobre o fim do mundo e religião em seu livro A Batalha do Apocalipse, situando a trama em várias civilizações . Antes de trabalhar nessa obra, estudou Comunicação Social, a princípio, dedicando-se à Publicidade, porém voltando mais tarde a sua preferência para a profissão de jornalista. Trabalhou os primeiros anos da década de 2000 como repórter, analista de conteúdo do portal iBest e editor do portal Click21.
Já como colaborador do blog Jovem Nerd4 ao participar do podcast Nerdcast, publicou seu livro na Nerdstore, loja virtual da página, pelo selo NerdBooks, por meio da qual vendeu mais de quatro mil exemplares, ainda sem amparo de editoras. Em junho de 2010, oGrupo Editorial Record publicou A Batalha do Apocalipse pelo selo Verus , vendendo, até dezembro do mesmo ano, 50 mil cópias.4Logo em seguida, em 2011, lançou o primeiro livro da série Filhos do Éden intitulado Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida e depois, em 2013, publicou o segundo, chamado Filhos do Éden: Anjos da Morte. (Fonte: Wikipedia)

Minha experiência com o Spohrverso.

Eu descobri os livros do Eduardo Spohr de uma forma simplesmente comum, final de 2010 estava passando em frente a livraria quando vi um livro com um anjo  e a palavra Apocalipse na capa, como tenho uma grande fascinação por esse tema, logo entrei na loja para ler a sinopse do livro, que me deixou muito interessado, comprei a edição especial, com alguns extras e capa dura. Pra mim era apenas um livro com uma premissa interessante, quem diria que ele me ajudaria a me comunicar na empresa em que eu entrei para fazer um estágio. Por causa do livro eu comecei a conversar com um grupo de colegas que também tinham o livro e me apresentaram ao Nerdcast, que por sua vez me fez saber mais sobre o autor e conhecer mais pessoas.

Eu e meus amigos vendo Eduardo Spohr pela primeira vez


Em 2011 foi a primeira vez que eu e meus colegas fomos a um bate-papo com o Spohr e pela primeira vez peguei meu autografo para ABdA e FdE... foi a primeira vez que perguntei de ele colocaria um ishim do ar na história e meu primeiro “não posso dar spoiler”

Primeira vez que pergunto sobre Ishin do Ar, primeiro "não dou spoiler" que eu levo


Em 2012 eu e meus amigos fomos a Bienal do Livro para ver o Sphor e Fabio Yabu, ambos foram super simpáticos, mesmo com pouco tempo para e espaço para os autógrafos e o bate-papo, aqui pude perguntar pela segunda vez se ele incluiria um ishim do ar na história, eis que levo meu segundo “não posso dar spoiler”.Infelizmente não pude ficar para o bate-papo, mas por esse motivo conheci o pessoal do RenegadosCast, um grupo que se formou por ter ficado pra fora do bate-papo e hoje tem um site com podcast, resenhas, entreterimento e são apadrinhados pelo próprio Eduardo Spohr que participa de alguns casts.

Entrevista da Submarino com Eduardo Spohr e Fabio Yabu na Biena do Livro 2012, segundo "não dou spoiler" que eu levo


Já conhecendo os Renegados e com uma amiga que conheci na Bienal, em 2013 fomos até o shopping Center Norte para o autógrafo do livro Anjos da Morte, dessa vez assim que fui pegar o autógrafo já me apresentei dizendo que não iria pedir spoiler, mas ainda quero ver se ele inclui um ishim do ar , como podem ver aqui o personagem que dá nome ao meu blog é um anjo que controla o ar, por causa desse meu gosto pessoal sempre quis ver um personagem similar nas histórias do Spohr.

Prometi não perguntar mais sobre os Ishins do ar... até agora nada sobre eles, quem sabe em paraíso perdido

Esse ano, na Bienal de 2014, não haviam livros para serem autografados, mas acompanhei os Renegados para ver uma palestra do Spohr, e acho muito bom de ver que com o passar dos anos, o publico leitor dele apenas cresceu e mesmo assim ele continua humilde, tendo um carinho especial com os fãs e sempre dando atenção a eles.

Bate papo com Spohr na Bienal do Livro de 2014, lotado de fãs

O motivo de eu ter feito esse texto não foi para fazer uma resenha ou uma critica aos livros, mas sim mostrar o olhar de um fã, que gostou muito das obras e hoje está cercado de amigos e colegas que curtem temas em comum, pessoas que eu nem pensava em conhecer e que hoje se mostram muito importantes para mim, e também a agradecer ao Eduardo Spohr por nos proporcionar esses momentos e experiências e ser tão legal e atencioso com cada um dos seus leitores.

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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Bate-papo: Lá e de volta outra vez

Vira e mexe, e lá estou eu com vontade de alimentar o meu blog novamente.
Uma das coisas que mais me preocupa é " o que postar?" "qual o conteúdo que criaria um publico e me satisfaria?"
Bom, eu não sou perito em nenhum assunto especifico e também não tenho muito tempo livre, mas mesmo assim, sempre tenho vontade de postar minha opinião sobre as coisas.
Finalmente eu estou começando a seguir meu sonho, depois de investir 4 anos numa formação que me garantiria estabilidade, agora estou focado no que eu quero, no que eu gosto, depois de muito tempo comecei a cursar Design digital e Games. Ainda continuo com pouco tempo, estou trabalhando a semana inteira, faço meu curso no sábado e tenho que dividir o pouco tempo que me sobra para atividades sociais e meus hobbies.
Mesmo com esse pouco tempo tento manter meus hobbies, uma forma de expandir minha criatividade, ler livros, mangás, HQs, musica, videos, series, animes, filmes, games... lógico que uma coisa de cada vez.
Por incrível que pareça (ou nem tanto assim) minha falta de tempo e meus hobbies me deram uma boa ideia do que começar a postar, não vou tentar focar em algo no blog,como torna-lo um blog apenas sobre jogos ou um tema especifico,  simplesmente vou comentar e mostrar coisas do meu dia-a-dia, minhas inspirações, mostrar informações que eu ache importante, livros que eu gostei, algumas curiosidades, tornar algo bem pessoal e ao mesmo tempo, algo para qualquer pessoa ver.
Se você via o blog anteriormente, muito provável que não, vai perceber que muitos posts foram apagados e algumas coisas no layout foram modificadas, isso porque eu não quero mais passar a imagem bagunçada de antes de um blog sem foco, meu foco agora são minhas inspirações e te convido a compartilhar suas opiniões e inspirações comigo.
Se você gostou da proposta, veja minhas postagens anteriores, ainda que antigas e mal escritas elas mostram um pouco do que me inspiram, e foram mantidas no blog.
Não vou estipular prazos para as postagens, mas tentarei postar nos fins de semana e esporadicamente durante a semana, sempre que possível e sempre que eu tiver um assunto pertinente.
Por enquanto é só, se será como minha ultima postagem, só entrando no blog para saber.
Até uma próxima

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Bate-papo: O Blog vai voltar... eu acho

Caraca, esse lugar deve ter mais teia de aranha do que a minha conta no Orkut...
Se você está aqui, provavelmente entrou no site errado, ou estava procurando algo sobre summons de Final Fantasy... pois é essas são as únicas opções que eu imagino.
Vim informar que pretendo voltar o blog a ativa (aplausos, aplausos). Mas isso vai depender de uma série de fatores, as postagens pararam por falta de tempo e também porque não poderia simplesmente sair postando qualquer coisa.
Pretendo deixar o blog com uma cara nova, com postagens no minimo semanais e que possa interagir com os possíveis leitores.
Como eu disse, isso vai depender de uma série de fatores, então se você leu esse texto e se interessou, aguarde.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Games: Valkyrie Profile (uma rápida visão)

Fala Galera!!!
Já que falei um pouco sobre Legend of Mana, um jogo primeiramente criado pela SquareSoft, vou falar hoje de um jogo primeiramente feito pela Enix (não, não é Dragon Quest) vou falar sobre Valkyrie Profile. uma rápida abordagem sobre o jogo, porém mais afundo que as postagens anteriores.

Primeiro vamos falar de Valkyrie Profile (PSX):




Valkyrie Profile  é um jogo de RPG desenvolvido pela tri-Ace e publicado pela Enix (agora Square Enix), inspirado em elementos da mitologia nórdica.
A história basicamente gira em torno de Lenneth Valkyrie, uma Valquíria de Odin, encarregada de escolher os guerreiros mortos (Einherjar) que vão para Valhalla se preparar para lutar no Ragnarök. Para quem não sabe, Valkyrie Profile foi um jogo para PSOne feito pela Enix que fez bastante sucesso, com um sistema de batalha diferente dos sistema comuns de RPG e gráficos muito bons.

Logo abaixo vc pode conferir a abertura do jogo do Play Station.




Anos depois a tri-Ace lançou um "prequel", Valkyrie Profile 2: Silmeria:


Centenas de anos antes dos eventos do primeiro jogo estrelando a Valquíria Lenneth, esse segundo jogo da série coloca você agora no papel de Silmeria, irmã da protagonista do primeiro game e também é uma Valquíria.
Porém, por ter irritado o todo poderoso Odin, regente de Valhalla e dos deuses, ela acaba sendo banida para viver em Midgard no corpo de uma humana chamada Alicia, princesa do reino de Dipan. Fazendo uso de lindos cenários 3D e estonteantes efeitos visuais, Valkyrie Profile 2 se assemelha muito com seu antecessor, tanto na forma como você viajará pelos cenários quanto nas incessantes batalhas.


Abaixo o video da introdução do jogo (a abertura oficial é muito parada)


Ainda foram feitos um jogo para Nintendo DS e um remake do primeiro jogo para PSP, você pode conferir abaixo a abertura do jogo na versão para PSP:
 

É galera, por enquanto é só, se houver algum jogo que vc queira ver postado aqui deixe nos comentários.


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